13/10/2009

Começo

O Outono acabou.
E com ele foi-se a esperança num novo começo. Algo por que havia trabalhado durante meses a fio. Algo por que havia ansiado com todo o seu ser. Acabou.
Sabia que tinha dado o seu melhor e que tinha feito tudo o que estava ao seu alcance, mas isso não foi o suficiente. O seu melhor não era suficiente…
Estava sentada na praia a olhar para o mar. A ouvir os seus ensinamentos milenários. Estava a ouvir-se.
O que lhe custava mais era encarar as pessoas quando lhe perguntavam o resultado… O olhar de pena… pena… Nunca sentiu pena de si em nenhum momento. Frustração, raiva, cólera e talvez alguma desilusão sim, foram esses os sentimentos que lhe explodiram no peito e que se espalharam pelo corpo.
Mas nunca sentiu pena. Teria sentido pena se não tivesse tentado, teria sentido pena se não tivesse dado o seu melhor. Por isso sentia-se triste, quando pessoas sentiam pena dela...
Pensou que se calhar aquele novo começo talvez não lhe estivesse destinado, talvez houvesse outros começos diferentes, outras aventuras, outros inícios à sua espera, mas que aquele não lhe pertencia.
Olhou para o horizonte, e um sentimento imenso de vontade e ambição invadiu-a.
Naquele momento desafiou o horizonte os céus e os deuses “Eu faço o meu destino!”.
Levantou-se e lançou ao mar um olhar de desafio, como muitos, antes dela o haviam feito, talvez por razões diversas, talvez pela mesma razão... Sorriu para si e para o mundo e seguiu o seu caminho decidida, como numca, a fazer o seu proprio destino.

7 comentários:

alf disse...

Entendo muito bem cada linha, cada palavra; e está tudo muito certo, é exactamente como dizes. Normalmente, demoramos é muito mais anos do que tu a descobrir isso...

E está um belo texto também.

antonio ganhão disse...

O destino vive-se com a ilusão de que o fazemos...

Metódica disse...

Alf

Há que aprender com a experiênca... Tds os dias aprendemos qlqr coisa, muitas vezes a partir de coisas insignificantes.

Como já havia dito há algum tempo ;P
Eu apenas limito-me a observar e a tirar as minhas conclusões ;P

Obrigada :D
Tenho pena de não postar mais assiduamente, mas isto esta uma desgraça... :P

Metódica disse...

António

É verdade que o nosso destino não depende unicamente de nós, mas é a nossa atitude que o transforma ;)

Diogo Silva disse...

Olá novamente. Cá estou de visita mais uma vez... xD

Bem, posso dizer que me consigo relacionar perfeitamente com esse texto. Não só o sentimento que fica, mal a esperança acabe, mas a força que tentamos encontrar depois dele, para podermos prosseguir em frente em vez de nos deixarmo-nos ficar e contentarmo-nos com... pouco ou nada?

Pois é, não creio que possamos ter grande controlo sobre o nosso futuro, mas podemos influencia-lo de certeza, e se as coisas não correm bem e nos voltam a pôr em baixo, mais motivação ainda para mudarmos algo em nós quando antes não éramos capaz para tal, e puxarmo-nos mais ainda. Pois é quem arrisca e se esforça um pouco mais para além do seu normal que tende em ter melhores resultados do que outros na mesma situação mas em que pouco fazem para a mudar. Remar contra a maré, digamos. Ou então como se fosse um exercício físico, um alongamento. Ao inicio custa alongarmo-nos mais do que estamos habituados, mas persistindo, há medida que o tempo vai passando, conseguimo-nos alongar um pouco mais do que no dia anterior doendo os músculos um pouco menos, e por aí adiante.

Metódica disse...

É isso msm Diogo ;)

Sofia Bateristh disse...

Holaaa
como estas
coment m blog

biju