30/03/2008

Angels



Within Temptation

19/03/2008

Criada ou Descoberta?


Existe uma grande questão filosófica à cerca da Matemática: Será que a Matemática foi criada ou será que, pelo contrário, foi descoberta?
Hoje resolvi publicar a minha opinião...
Eu acho que a Matemática não foi criada, mas sim descoberta. E porquê?
Se a Matemática tivesse sido criada, poderia ter sido criada por nós, seres racionais, ou por uma entidade divina.
Por nós não foi criada de certeza, pois a Matemática não é como nós queremos que seja, é como é, e temos que nos conformar com esse facto.
O que eu quero dizer é que se a matemática tivesse sido criada por nós, nós teríamos a capacidade de fazer com que um resultado fosse o que nos desse mais jeito ou que fosse o desevel, através da alteração do procedimento usado... Ora, isto é impossível. Quando se chega a um resultado é esse e pronto! Não há alteração de procedimento que altere o resultado obtido inicialmente.
Claro que se dissermos que foi criada por uma entidade divina este argumento perde validade, pois aí quem decidiria sobre a Matemática seria a tal entidade divina.
Mas, será que se nós não existíssemos deixaria de haver Matemática? Não, até porque continuaria a haver a tal entidade divina e se fosse essa a criar a Matemática, esta continuaria a existir. Mas, es e se nem nós nem a tal entidade divina existíssemos? Se só existisse o espaço físico que nos rodeia? Claro que continuaria a haver matemática! Continuariam a haver plantas e animais e a Matemática está presente em toda a Natureza. Se não existíssemos haveria Natureza e se a Matemática está presente na Natureza então continuaria a haver Matemática.
Podemos pensar: E aquela Matemática um pouco estranha que não se precebe muito bem, aquela que é um pouco abstracta?
Pode não se usar todos os dias como as operações de multiplicar e de soma que usamos diariamente, mas o que é certo é que essa Matemática mais abstracta funciona em termos práticos. Por exemplo em Matemática existe o conceito de limite. E nos primeiros tempos em que foi usado havia um bispo que criticava os matemáticos, pois estes diziam que a igreja rezava a um Deus do qual não haviam provas concretas da sua existência, mas os matemáticos estavam a usar uma coisa que não sabiam muito bem o que era, embora resultasse na prática. Portanto o limite é um conceito um pouco abstracto, mas resulta na pratica.
A "honra do convento" foi salva porque houve depois um matemático que disse que o limite era como se fosse uma aproximação.
Galileu custumava dizer que Deus era um grande geómetra e que o Universo estava escrito em linguagem matemática.
Se existe Deus ou não, não sei, e se este, caso exista, é geómetra ou não também não sei. Mas que o Universo está escrito em linguagem matemática, isso está de certeza =D

18/03/2008

Paul Erdös


Olá a todos!
Resolvi começar por um post sobre um matemático do séc. XX. É melhor começar por um post simples e levezinho...
Comecemos então!
Paul Erdös foi um matemático do sec. XX de origem judaica que nasceu em Budapeste (ainda na altura do império Austro-húngaro) a 26 de Março de 1913, era filho de professores de matemática do liceu e infelizmente na altura em que ele nasceu morreram as suas irmãs mais velhas devido a uma escarlatina.
Quando tinha ano e meio o seu pai foi capturado pelos russos num ataque às tropas do Império Austro-Hungaro e enviado para a Sibéria. A sua mãe ficou encarregue da sua educação.
Erdös não frequentava a escola, pois a sua mãe tinha medo que ele adoecesse, então tinha um professor particular e estudou com um professor particular até à idade de entrar no liceu. Durante o liceu tornou-se um excelente solucionador de problemas propostos por um jornal periódico de matemática e física para escolas secundárias.
O seu pai regressou em 1920, e quando voltou encarregou-se de continuar a sua educação e ensinou-lhe inglês. Ao que parece o inglês de Erdös era mesmo muito mau. Num documentário americano sobre o matemático sentiu-se a necessidade colocar legendas...
No ano de regresso do seu pai teve lugar a primeira legislação anti-semitica na Europa do pós guerra, esta legislação limitava o acesso de judeus às faculdades. Alguns anos depois as limitações diminuiram, admitindo alunos que tivessem ganho premios nacionais independentemente da religião.
Nessa altura Erdös entra para a universidade de Pázmány Péter em Budapeste no curso de Matemática, curso que acaba quatro anos depois.
Por motivos políticos Erdös deixou a Hungria e foi para Inglaterra com uma bolsa de doutoramento.
Paul trabalhou em mais de 25 países e dizia-se cidadão do mundo.
Não dava muita importancia ao dinheiro viajava pelo mundo com a sua mala, que era o que tinha e quando ganhava alguma coisa doava ou ajudava estudantes com capacidades.
Pouco depois da morte da sua mãe em 1971 Erdös começou a tomar anti-depressivos e depois anti-estaminas. Trabalhava dezanove horas por dia devido a estimulantes químicos, pastilhas de cafeína ou café expresso forte. Ele costumava dizer que "Um matemático é uma máquina que transforma café em teoremas.
Uma vez foi desafiado a deixar de tomar esses estimulantes durante um mês atravez de uma aposta de 500 dólares, ele como gostava imenso de desafios aceitou e durante um mês não tomou estimulantes. Nesse mês a sua produtividade diminuiu consideravelmente e no fim do desafio disse a Ronald Graham, o matemático que o desafiou, que este fez a Matemática atrasar-se um mês.
Vivia apenas para a matemática, não se casou nem teve filhos e dizia que no dia em que quando não fosse capaz de fazer matemática se suicidaria.
Viajava muito de universidade em universidade para trabalhar com outros matemáticos. Paul Erdös foi dos matemáticos mais produtivos de sempre em conjunto com Euler e deu grandes contributos à Matemática.
Foi, talvez, o matemático que mais produziu e publicou em colaboração com outros matemáticos, quando chegava a uma cidade ia ter com o matemático que mais se destacasse e oferecia-se para trabalhar com ele. E devido a esse tão grande número de publicações em conjunto com outros matemáticos foi criado o Número de Erdös. Um matemático que tenha o número de Erdös 1 significa que esse matemático trabalhou directamente dom Erdös, um matemático que tenha o numero de Erdös 2 significa que trabalhou com um matemático que por sua vez trabalhou directamente com Erdös e assim sucessivamente...
Erdös não era um matemático teórico, preferia resolver problemas. Trabalhou em inúmeras áreas matemáticas como Teoria dos Números, Análise Combinatória , Teoria dos Grafos, Teoria dos Conjuntos, foi pioneiro na Teoria de Ramsey (teoria que afirma que a desordem completa é impossível). Desenvolveu um novo e poderoso método de demonstração chamado Método Probabilístico (usou este método para demonstrar a Teoria de Ramsey) e demonstrou também o Teorema dos Números Primos de Gauss. Para além destes tem outros trabalhos como o Teorema sobre Interpolação que publicou com Vértesi em 1980.
Erdös não resolvia um problema de qualquer maneira, a resolução de um problema tinha que ser simples e elegante.
Erdös acreditava na existência do Livro. O Livro é um livro divino onde estão escritas todas as mais belas e perfeitas demonstrações matemáticas. o maior elogio que Erdös poderia fazer a um matemático era dizer que a sua demonstração tinha saído do Livro.
Nas minhas pesquisas sobre o matemático encontrei uma coisa engraçada... Umas expressões usadas por Erdös.
Erdosismos:
Capturado: Casado
CM: Contado como morto
DA: Descoberta Arqueológica
Épsilo: criança pequena
Escravos: Indivíduos do sexo masculino
Ir embora: Morrer
Joe: União Soviética
Libertado: Divorciado
LM: Legalmente morto
Morrer: Deixar de fazer matemática
MV: Morto vivo
Patrões: Indivíduos do sexo feminino
PGV: Pobre Grande Velho
Pregar: Dar uma palestra sobre matemática
Quando é que chegou?: Quando é que nasceu?
Quando é que a infelicidade do nascimento o surpreendeu?: Quando é que nasceu?
Situados num comprimento de onda curto: Fascistas
Situados num comprimento de onda longo: Comunistas
Recapturado: Casado de novo
Ruído: Música
Sam: Estados Unidos da América
SF: Supremo fascista; Tipo nº 1 la de cima; Deus; "O SF criou-nos para se divertir com o nosso sofrimento"; "Quanto mais cedo morrermos, mais cedo lhe estragamos os planos".
Veneno: Álcool
Paul Erdös com oitenta anos ainda publicava um artigo por semana. Morreu a 20 de Setembro de 1996 em Varsóvia, vitima de dois ataques cardíacos enquanto participava num mini semestre sobre Análise Combinatória.
Em resumo: um grande homem e um grande matemático!

Quem quiser saber mais sobre a vida deste senhor pode visitar um dos sites que eu consultei:
Aqui
Este site tem imensa informação e claro, podem ir à Wikipédia:
Aqui

08/03/2008

Método

Olá a todos!
Sejam bem vindos ao Método, o meu novo blog.
Espero falar de vários tipos de assuntos, talvez venha a conter mais posts sobre assuntos científicos (sou uma curiosa =P), mas também terá vídeos e músicas.
Espero que gostem do meu espacinho e apareçam sempre que quiserem.
Até depois!